quinta-feira, 7 de maio de 2009
O CICLO MENSTRUAL, ATIVIDADE SEXUAL E AS SITUAÇÕES COTIDIANAS VIVIDAS PELA MULHER PODEM CAUSAR DOR NAS COSTAS?
USAR SALTO ALTO PREJUDICA A COLUNA?
OBESIDADE PODE COMPLICAR AS DORES NAS COSTAS?
MASSAGENS SÃO ÚTEIS PARA ELIMINAR DORES E MAL-ESTAR? COLOCAM A COLUNA NO LUGAR?
COLETES SERVEM PARA MELHORAR A POSTURA?
BICO DE PAPAGAIO?ELE DÁ DOR NA COLUNA?
OSTEOPOROSE PROVOCA DOR NAS COSTAS?
HÉRNIA DE DISCO NA COLUNA CERVICAL? É FREQÜENTE?
A HÉRNIA DE DISCO LOMBAR É UMA DOENÇA GRAVE? A CIRURGIA FAZ PARTE DO TRATAMENTO?
A NATAÇÃO É SEMPRE BENÉFICA PARA DORES DE COLUNA?
EXERCÍCIOS SÃO PREJUDICIAIS E AUMENTAM AS DORES NAS COSTAS?
Exames para diagnosticar problemas da coluna
1. Ráio X Simples
Está indicado para as pessoas com mais de 50 anos, com manifestações neurológicas e falhas do tratamento clínico. As posições a serem solicitadas são: frente, perfil (neutra, flexão, extensão), oblíquas esquerda/direita.
Podem ser observadas reduções do espaço discal e osteófitos, porém sua relevância e discutível, sendo que na maioria dos casos não se observa correlação entre imagem e sintomas. A dor radicular com radiografias simples pouco significativas, podem sugerir hérnia de disco.
2. Tomografia Computadorizada
Está indicada no estudo mais aprofundado de doenças ósseas, sendo imagens que revelam espondilose e osteófitos nas articulações zigoapofisárias. É útil para medida do canal vertebral e o forame de conjugação. Observam-se imagens patológicas em pacientes assintomáticos .
3. Ressonância Magnética
Opção preferencial para detecção de patologias de partes moles tais como hérnia de disco e tumores. Estudo realizado em 100 pacientes com doenças na laringe, sem muitas queixas clínicas relacionados à coluna cervical, evidenciaram 20% ou mais de lesão discal em pacientes entre 45-54 anos e 57% com mais de 64 anos.
4. Mapeamento Ósseo com TC 99MC
É útil para a pesquisa de metástases ósseas (pulmão, mama, próstata, tireóide, rim) e nas infecções e inflamações do disco (discite).
5. Reações de fase aguda
Velocidade de hemossedimentação- se acelera em processos altamente inflamatórios, infecciosos e neoplásicos e a proteína C reativa (PCR), que se eleva nas mesmas condições.
6. Eletroneuromiografia
Esse teste é solicitado para comprovar uma radiculopatia e/ou informações diagnósticas e prognosticas. Determina em algumas situações o nível da raiz comprometida que apresenta anormalidades anatômicas ou funcionais. Não é específica, pois em vários pacientes submetidos à cirurgia não ocorreu correlação entre o seu resultado e o nível observado durante o procedimento. É muito útil quando a clínica e a imagem não permitem localização do nível da compressão e também para o diagnóstico diferencial com a síndrome do túnel do carpo, na diferenciação entre processos do sistema nervoso periférico e central, além de possibilitar a caracterização entre um processo crônico e agudo.
Tratamento da dor na coluna
Nem todos os tratamentos para dor na coluna funcionam para os diversos casos e indivíduos na mesma condição, e muitos acham que precisam tentar varias opções de tratamento para descobrir o que funciona melhor. Apenas em uma minoria, estimada entre 1-10% dos casos, requer cirurgia. Geralmente acredita-se que alguma forma de alongamento e exercício físico consistente sejam um componente essencial dos programas para tratamento de dor de coluna.
- Discectomia intra discal a laser
- Anuloplastia eletrotermica intradiscal (IDET)
- Nucleoplastia
1. Discectomia a laser
Essa renomada técnica usa a energia do laser para vaporizar parte do núcleo pulposo visando à diminuição da pressão intra discal e regressão da protrusão discal do anel fibroso. Os seus resultados foram variáveis, dependendo do tipo de energia a laser usada. Porém tem um papel restrito no tratamento da dor lombar e ciática.
2. Anuloplastia eletrotérmica intradiscal (IDET)
Anuloplastia eletrotérmica intradiscal é uma opção de tratamento minimamente invasivo em pacientes com forte dor lombar decorrente de fissuras na parede externa do disco intervertebral. A eficácia dessa terapia está na dependência de se transferir calor de forma homogênea por um cateter eletrotérmico por meio de uma corrente elétrica para o anel fibroso e núcleo pulposo . A melhora da dor é devido principalmente à modificação da estrutura de suas fibras colágenas, e de substâncias bioquímicas responsáveis por dor e inflamação, e destruição dos receptores das fibras nervosas do disco, induzindo a sua restauração. Os resultados iniciais tem sido satisfatórios. Os efeitos em longo prazo são desconhecidos, porém os últimos trabalhos publicados não são tão animadores.
3. Nucleoplastia
O mais recente método aprovado pelo FDA e pela ANVISA para tratamento de hérnia discal contida e em casos selecionados de dor discogênica desde 2001. Tem como objetivo a retirada de tecido do núcleo pulposo da ordem de 10% por meio da introdução de um cateter no interior do disco, que transmite ondas de radiofreqüência específica de maneira controlada provocando sua contração e aliviando a pressão interna exercida sobre a raiz do nervo afetado. O disco é tratado e não removido, preservando assim o seu efeito de cochim .
A experiência clínica com esta nova tecnologia necessita ainda de observações resultantes de seguimento clínico prolongado. Neste período inicial é válido considerar a nucleoplastia como um tratamento eficiente para hérnias de disco contidas (maior que seis mm) com ou sem radiculopatia associada. É absolutamente importante entender que a nucleoplastia pode não substituir a micro-discectomia ou fusão, servindo, no entanto como uma conduta complementar nos casos referidos acima.